domingo, 25 de julho de 2010

LARRY TEE ADORA SP E VAI DISCOTECAR AQUI

Larry Tee vai tocar sábado no Clube Glória, em SP. Para quem não sabe, Tee é um dj e produtor americano que ficou famoso por conta da onda Electroclash. Na verdade, ele já está na cena de música underground faz muito tempo. Tanto que já esteve em SP por duas vezes. Chegou a fazer apresentaçõs históricas no antigo AMPGalaxy.

É verdade que o Electroclash já não está mais na moda. No entanto, vai ser interessante ver o que anda passando pela cabeça e pelas mãos de Larry Tee. Isso sem contar na vocação do Clube Glória em atrair pessoas do mundo da moda e gente ligada em "montação" - gíria para quem gosta de investir no visual usando roupa 'diferentes' para sair à noite (estou usando um eufemismo, a gíria é bem mais antiga do que a gente pode imaginar).

Gostei bastante da entrevista que Larry Tee deu ao Estadão. Entre outras coisas ele diz que "o Brasil está pegando fogo lá fora. É o lugar da moda, todo mundo quer vir para cá." E completa dizendo: "Sempre que uso minhas camisetas compradas aqui, perguntam de onde é e eu esnobo: 'Ah, comprei em São Paulo!' Todos ficam com cara de 'Oooh!'".

Será só um orgulho bobo de paulistano?

*imagem: reprodução do Google.

sábado, 24 de julho de 2010

MEU SUMIÇO E UMA APARIÇÃO


Sei que eu sumi um pouco, mas estou integralmente dedicado a outros projetos. Prometo que vou aparecer mais por aqui. Vou tentar pelo menos um post por semana - se bem que é melhor não prometer, para depois não cumprir. Só que em se tratando de internet é melhor estabelecer metas.

Por enquanto estou recomendando vivamente a aparição de Joakim no programa Beats in Space - toda vez que ele aparece por lá é sensacional! Para se ter uma ideia, no playlist ele incluiu até Chico Buarque.

*imagem: reprodução do Google.

terça-feira, 29 de junho de 2010

POR QUE GOSTEI DE FURTHER, DOS CHEMICAL BROTHERS?

Os Chemical Brothers estão lançando um novo disco, chamado Further. A notícia já vem rolando faz tempo, mas agora saiu oficialmente na íntegra. Um amigo me emprestou o CD original mesmo - nada de MP3, etc. Gostei bastante da capa. Aliás, em termos de projeto gráfico e visual a dupla nunca fica devendo nada.

Sonoramente, os Chemical Brothers estão de volta a velha forma. Citam a si mesmos. Parece que olham para o passado em busca de um futuro menos imaginário e mais concreto. Vou explicar, de maneira bem prosaica, o que quero dizer com isso: o projeto da modernidade carrega consigo a marca da inovação. Por isso, todo o sujeito tem a obrigação de soar sempre inovador. A indústria cultural espera sempre por isso. "Make it new", como dizia Ezra Pound. Quando o Chemical Brothers apareceu, eles eram extremamente inovadores e apontavam para uma música do futuro. Um futuro que imaginavamos, naquela época, igual ao desenho da família Jetsons. No fim dos anos 90, a dance music e o big beat (gênero em que a dupla estava inserida) começaram a dar sinais de cansaço, repetição de fórmulas e toda sorte de coisas que as pessoas encaravam como fora de moda.

O Chemical Brothers, estou pensando aqui especificamente neles, continuou produzindo e lançando álbuns em busca de soarem inovadores novamente. As pessoas, direta ou indiretamente, também esperavam isso deles. Nesse percurso, os irmãos químicos, flertaram com: rock, hip hop, electro, etc. Considerando o conjunto, eles pareciam perdidos e não encontravam uma saída que daria fôlego a dance music que estavam fazendo.

Mas aí aparece um disco como Further. Que simplesmente rompe com essa "maldição inovadora" da modernidade. Parece que os dois revisão o passado encarando de frente a tradição que eles criaram. Prova de que você não precisa ser pretencioso e pode fazer algo muito bom sendo simples.

Em Further, você encontra um pouco do universo do Chemical Brothers do passado: faixas voltadas para as pistas de dança e faixas totalmente viajandonas - do jeito que a gente gosta. O disco é curto, mas muito bem realizado. Tem guitarras, tem distorções, tem batidas e vocais.

Mas eles voltaram a ser big beat, então? Será que o big beat está tendo o seu momento de revival? Me parece que não. Dos anos 2000 para cá, a disco punk, o electro, o minimal, a space disco e os edits dos novos produtores, abriram muitos caminhos para o uso de novos elementos na dance music. O rock já se uniu a dance music, de modo que as guitarras convivem em paz com as batidas - é que nos anos 90 havia uma guerra entre a dance music e o rock. Portanto, o Chemical Brothers revisa seu passado mas não volta a ser big beat. Agora, eles olham para o futuro de modo mais maduro. Pegando o que fizeram e moldando ao mundo de hoje.

É um disco bem legal. Para você que é fã dos caras ou para você que está conhecendo o trabalho deles agora - nesse último caso, vale rever o passado deles.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

VOCÊ CONHECE O TBD? POIS DEVERIA CONHECER


A DFA é uma gravadora que sempre está nos reservando uma surpresa. Os integrantes do selo estão lançando alguma coisa quase toda semana. E olha que James Murphy nem está por perto - ele está em turnê com o LCD Soundsystem. Uma das últimas boas novidades é o TBD, uma dupla formada por Justin Vandervolger (ex-!!!/Outhud) e Lee Douglas (que discotecou uma vez no RJ, mas não veio a SP). No ano passado eles lançaram um 12" que fez bastante sucesso "What is this?". Para esse ano, resolveram apostar em algo ainda mais ousado e acabam de lançar a faixa "Oh my". Trata-se de 8 minutos e pouco de uma acid house bastante moderna. Me lembrou a dance music dos anos 90, dos tempos em que eu era clubber - como se dizia na época.

É possível ouvir "What is this?" no myspace do TBD e um trechinho de "Oh my" no site da DFA.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

MARK FARINA NA FREAK CHIC


A Freak Chic, sem dúvida a noite mais legal da cidade, terá hoje apresentação do dj Mark Farina. Para quem não sabe ele estava em Chicago quando a house music estava acontecendo por lá. Mais do que isso, Mark Farina foi um dos primeiros djs a colocar uma levada mais jazz em seus sets criando uma maneira única e particular de discotecar. Seu talento resultou numa famosa noite em São Francisco chamada Mushroom Jazz - que depois virou uma série de discos assinada por Farina. Por esses razões e outras mais, essa noite é garantia de boa música.

As duas vezes em que o vi por aqui foram supreendentes. É para dançar a noite inteira e ter aquela sensação única. De verdade! Prova de que a house music, uma senhora de mais de 20 anos, ainda está em plena forma.
*imagem: divulgação

quarta-feira, 16 de junho de 2010

LINDSTROM E CHRISTABELLE REFAZENDO A DISCO

Eu já falei muitas vezes sobre Prins Thomas. Tantas vezes que acabei esquecendo de falar que seu parceiro de longa data, Lindstrom, lançou um disco novo quentíssimo. É uma parceria também, mas não entre os dois. Desta vez, Prins Thomas deu lugar a musa Christabelle. O disco novo chama-se Real Life is No Cool e foi lançado no início desse ano. Trata-se de uma boa surpresa para quem gosta da Space Disco feita pelo norueguês.

Lindstrom, antes do disco com Christabelle, estava fazendo músicas mais experimentais. As faixas do EP Where You Go I Go Too, por exemplo, eram longas, cheias de um clima psicodélico, viajante, etc. O que não quer dizer que era um disco chato, muito pelo contrário. Lindstrom estava apontando para outros caminhos, trazendo outras referências e tirando certa monotonia da dance music. Ainda que nenhuma faixa fosse feita para as pistas de danças, sabiamos que a ideia estava presente.

Parece que Christabelle foi a responsável por dar novo ritmo ao corpo musical de Lindstrom. A voz dela realmente impressiona, mesmo cantando faixas mais lentas. Há sensualidade, ironias, brincadeiras e diversão. Lindstrom também leva as construções musicais aos limites, acelerando e abusando como pode os ares da Disco Music. O ponto alto é a faixa "Baby Can't Stop" que ganhou um remix da dupla Aeroplane. Eu também gosto do cover para "Let It Happen", do Vangelis. A versão desse disco em vinil tem ainda um homenagem ao Bolero, de Ravel, chamada "Little Drummer Boy".


É um disco para ouvir e dançar. E que bom que Lindstrom e Christabelle estejam festejando em grande estilo. Abaixo vídeo para o remix do Aeroplane para "Baby Can't Stop":


sábado, 12 de junho de 2010

A DANCE MUSIC JÁ TEM UMA PRÉ-HISTÓRIA


Vocês viram o artigo A volta dos dinossauros da música eletrônica, assinado por Cláudia Assef no caderno C2+música? É possível ler na versão online, mas vou resumir. Criando um paralelo com a expressão "dinossauros do rock", Cláudia Assef fala que os clássicos da dance music também já estão ficando velhinhos: Kraftwerk foi o precursor de uma linhagem que chega aos anos 90 com Chemical Brothers, Underworld, Orbital e Letfield. Essa geração, aos poucos, está de volta com discos novos e show acontecendo em festivais importantes.

A única coisa que eu ressinto no artigo é o fato de a linhagem ter ficado restrita ao big beat e seus desdobramentos. Como a gente sabe, a dance music é um enorme guarda-chuva que abriga diversos gêneros e subgêneros. O big beat representou apenas uma dessas inúmeras vertentes. E foi o gênero que teve maior apelo popular por flertar com rock, reggae, psicodélia, etc. Também considero que o Kraftwerk foi o responsável por formatar a dance music, porém outros elementos foram adicionados ao caldeirão e resultaram em muitos outros formatos.

Se pensarmos em disco music teremos mais dinossauros nessa família. Se pensarmos no pessoal de Nova York, Chicago e Detroit teremos outros. Se pensarmos no efeito colateral tomou a Europa também haverá mais exemplos da espécie. A lista é realmente bem grande e difícil de resumir em um único artigo. Eu compreendo a escolha do artigo.

Hoje me parece muito complicado fazer distinções entre cada uma das vertentes da dance music. Todas as linhagens se diluiu bastante. House, tecno, trance e drum'n'bass ainda existem mas é difícil definir o limite de cada um nos anos 2000. Explicar essa diferença para um público que não costuma ouvir dance music é uma tarefa de Hércules.

Não estou desmerecendo o artigo. Cláudia, como poucos, tem propriedade para falar sobre o assunto. Ela é autora do livro Todo DJ já sambou - mesmo nome do blog que ela mantém -, já escreveu sobre esse assunto e muitos outros para os jornais e revistas mais importantes do país, editou a revista BEATZ (na minha opinião a melhor revista de dance music que já tivemos) e VOLUME 01, etc. Também já trabalhou com programas de rádio e direção artísticas de festivais. Ou seja, ela tem clara consciência da história da dance music - sim, já temos uma história.

Espero que esse artigo sirva para estimular o aparecimento de outras pequenas histórias sobre essa história maior. Afinal, a gente não quer só dançar. A gente quer dançar e dialogar com um passado tão rico que existe e não pode ser esquecido.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

youPIX 2010 VAI DEBATER A RELAÇÃO DA INTERNET COM A NOSSA VIDA NOTURNA

Acontece essa semana no MIS o youPIX 2010. Trata-se de um evento com palestras, debates e workshops sobre o ambiente da internet e suas redes sociais. Tudo bem informal, descontraído e para todos os públicos. Achei a iniciativa bacana e pelo que li essa já é a sétima edição do evento. Duas coisas são particularmente interessantes: o debate Fuzuê: A web e a noite que vai tratar da relação que a internet estabelece com as festas e os clubes noturnos; e a sabatina com Anthony Vodkin criador do Hype Machine.


O Fuzuê parece a primeira iniciativa de discutir web e noite. A relação é clara: todo mundo que frequenta clubes noturnos ou bares busca informações em sites, blogs, etc. Informalmente, todas essas pessoas acabam divulgando e emitindo opiniões sobre tudo o que está acontecendo. E como diz aquela teoria da web: um consumidor confia muito mais em outro consumidor. Assim, quando outras pessoas recomendam positivamente a tendência é que o negócio seja um sucesso. E eu, sinceramente, sinto falta de uma cobertura da noite na internet. Uma cobertura que seja mais crítica e não apenas musical ou de moda.

Sobre o que esperar da sabatina de Anthony Vokin, eu recomendo bastante a leitura do texto “A rádio tradicional só toca as mesmas 40 músicas”, de Alexandre Matias para o caderno Link do Estadão - aliás, um enorme achado esse caderno.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

CLÁSSICOS DA HOUSE MUSIC #2



Loose Joints - Is it all over my face?
West End Records

Na verdade não é propriamente uma faixa de House Music. Está mais próxima da Disco, eu acho. Mas posso dizer que é uma espécie de proto-house music. Até porque Larry Levan fez a mixagem e quando ele tocava essa faixa no Paradise Garage as pessoas iam a loucura. Arrisco a dizer que até hoje as pessoas ainda vão a loucura, aonde quer que ela toque.

Loose Joints, a dupla por trás de Is it all over my face, é ninguém menos do que Arthur Russell e Steve D'Acquisto. Russell já estudava música há muito tempo e tinha uma verdadeira paixão pela cena clube de Nova York. D'Acquisto era dj e frequentador assíduo do The Loft, de David Mancuso. O encontro dos dois resultou nessa faixa incrível. Parece que Russell era bastante tímido e quando ele ouviu essa faixa na pista de dança a primeira vez, ficou com receio. Ele a achava bastante primitiva. Depois que viu as pessoas dançando enlouquecidas, deu um sorriso.

O que me impressiona nessa faixa é o jeito orgânico e eletrônico que convivem muito bem. Por cima do ritmo a gente tem uma série de melodias e dinamicas que produzem um molho todo especial. O baixo é marcante e o vocal vem no momento certo, mesmo sendo minimalista - tem uma versão com vocal feminino e uma versão com vocal masculino. É uma daquelas faixas que não precisam ser modificadas. Um verdadeiro clássico.

domingo, 30 de maio de 2010

HOLY GHOST! EP NOVO: STATIC ON THE WIRE

E olha que notícia boa: o Holy Ghost! vai lançar um EP novo pela DFA. Vai se chamar Static On The Wire. A dupla não lançava nenhuma faixa desde Hold On - só remixes. O que não desmerece nem um pouco o trabalho dos caras, porque os remixes eram muito bons. No entanto, estão de volta agora. Ouvi uma faixa no site da DFA e fiquei entusiasmado. Prometem!


Abaixo a faixa "I hear, I know" que está no EP:


PILOOSKI NO D-EDGE DUAS VEZES!


Pilooski, também conhecido pelo nome de Cédric Marszewski, vem ao Brasil na próxima semana. Ele vai discotecar no D-Edge em duas festas e ainda ministrar um workshop - lá no clube mesmo. A primeira e última vez que ele esteve aqui foi em 2008, para uma apresentação no Vegas.

Talvez ele não seja tão conhecido, mas o cara está por trás do selo Dirty Records e do projeto Discodeine. Ele lança produções cabeludas, edits incríveis e compilações interessantíssimas. Dono de um gosto bem particular, Pilooski diz que gosta do lado bizarro das músicas. Inclua nesse gosto musical: krautrock, new wave, no wave, disco, rock psicodélico, rock progressivo, tecno, house, chanson française e até pop bacana. O cara tem um conhecimento incrível de música e sabe bastante coisa de música brasileira.

O bacana é que ele alia duas coisas importantes: técnica boa na discotecagem e montagem dos famosos edits; e um repertório diferente de tudo o que vc já viu. O melhor é que a coisa funciona muito bem. A gente fica satisfeito por conhecer música nova e dançar bastante. É pra assistir sem ter medo de ser feliz.

Anote: Pilooski na On The Rocks fazendo set mais rock e no noite CIO! fazendo set disco edits.

sábado, 29 de maio de 2010

JUAN MACLEAN COMO DJ

O pessoal do selo !K7 pediu a Juan MacLean que fizesse um remix para a famosa série DJ-Kicks. Parece que ele ficou muito atormentado com a ideia e resistiu bastante. No fim das contas ele topou e o disco foi lançado no mês passado.


O motivo de tanta resistência, segundo li, é que Juan MacLean estava angustiado com o fato do remix parecer relevante num tempo em que todo mundo pode fazer um remix - seja você dj ou não. Mas parece que a "crise" resultou numa iluminação bem interessante. Juan quis retornar as raízes da sua carreira como dj e produtor. Mais do que isso, ele quis aliar a técnica dele com seu gosto pessoal - sem parecer muito pop e nem muito obscuro.

Tudo isso aparece realmente quando a gente ouve a compilação. O cara primou por um caminho mais orgânico e conseguiu fazer uma compilação muito boa. Não dá pra não sair dançando! E MacLean deixa bem claro o seu amor pela house music do começo ao fim do disco. Acho que esse é um diferencial dele em relação ao pessoal da DFA. Não que James Murphy e os demais não gostem de house. Mas no caso de MacLean a paixão é bem maior. Vide os discos anteriores, que de alguma forma já tem essa "pegada".

Ele esteve discotecando aqui em SP em Março desse ano, no Vegas. Dessa vez eu não fui, mas deve ter sido bem interessante já que ele anda nessa fase "dj".

PRINS THOMAS E SEU DISCO

Prins Thomas é bastante conhecido pelos remixes que ele lança. Cada um melhor que o outro. Os sets dele também costumam por fogo na pista de dança. Mas, para nossa surpresa e felicidade, em Março desse ano ele lançou um disco com produções próprias pelo seu selo Full Pupp - o disco é auto intitulado, Prins Thomas. Ao ouvir é impossível deixar de pensar nas influências do krautrock alemão. Sem parecer retrogrado porque essa influência aparece bem diluída junto com as referências a disco, ao dub, ao rock, etc. Tudo o que a Space Disco que ele e Lindstrom divulgam desde o primeiro disco que lançaram juntos. Aliás, Lindstrom e Todd Terje participam na faixa Sauerkraut.


Outra coisa que eu acho interessante é o peso rock que existe nas mãos do Prins Thomas. O cara é verdadeiro fã de rock dos anos 60/70 e deixa isso bem claro. Essa parece ser também a diferença entre ele e o Lindstrom. Enquanto Lindstrom prefere um som mais viajandão, abstrato; Prins Thomas prefere manter os pés no chão e seguir por um lado mais obscuro. enfim, os noruegueses são bons em dupla e também sozinhos. Na minha opinião estão fazendo o que temos de mais interessante atualmente.

terça-feira, 25 de maio de 2010

CLÁSSICOS DA HOUSE MUSIC #1



Your Love - Jamie Principle & Frankie Knuckles

Um verdadeiro clássico da house music produzida em Chicago por duas pessoas bastante importantes na história desse gênero musical: Jamie Principle e Frankie Knuckles. Talvez, naquele momento, eles não tivessem noção da real proporção que essa faixa iria tomar. E o que mais me espanta é o fato de que o ritmo - tão importante para a house - cede lugar a canção de Jamie Principle. A letra de Your Love é tão importante quanto o ritmo que ela funda. Arrisco a dizer que a gente sente exatamente o que Jamie Principle está sentindo. É bastante corporal.

Os Friendly Fires fizeram um cover para a faixa. Mas acho que algo se perdeu. Na versão deles o ritmo se dilui, a canção perdeu o erotismo, a sensualidade. E perdeu o principal, a sensação de precisar desesperadamente daquele amor. Não quero dizer que a versão é péssima, mas é bem diferente da original.

sábado, 22 de maio de 2010

JOSH WINK NO D-EDGE

Josh Wink toca hoje no D-Edge na noite Mothership. Quem era muito novinho ou nem tinha nascido não vai saber, mas Wink ficou mundialmente conhecido em 1995 com a faixa Higher State of Consciousnes. Me lembro que eu era adolescente e gostei dessa música imediatamente. Era o auge do 'movimento' cluber e o tempo das raves. Atualmente, o cara está mais envolvido com o tecno (minimal, acid, etc). No ano passado ele lançou um disco "When A Banana Was Just A Banana". Dá para ouvir algumas faixas no myspace.

Abaixo Higher State of Consciousnes em versão reduzida para o videoclipe:


terça-feira, 18 de maio de 2010

OS BASTIDORES DO LCD SOUNDSYSTEM

Ontem na Inglaterra e hoje nos Estados Unidos está sendo oficialmente lançado o álbum This is Happening do LCD Soundsystem. Veja bem, oficialmente! No fundo todo mundo sabe que o álbum vazou na internet e já está rolando em vários players.


Eu ouvi o álbum e gostei bastante do resultado final. Mas confesso que fiquei mais interessado pelos diversos vídeos que a banda gravou enquanto estava no estúdio. No total são 7 vídeos que foram postados no site deles - o primeiro vídeo está aqui. Tem James Murphy falando sobre as angústias do processo de criação, tem o estúdio todo transformado em pista de dança, tem a sessão de fotos, tem Nancy, tem Path, tem Tyler Pope, tem piadas, etc. É praticamente uma obra em progresso. E acho bastante honesto da parte dele expor os bastidores das gravações, o lance de gravar um disco e tal. Afinal, não é isto o que a internet promove?

James Murphy, num show em Nova York, pediu aos fãs que não fizessem o download antes do lançamento oficial. Pois bem, parece que a partir de agora já estão todos liberados.
*imagem: divulgação

domingo, 16 de maio de 2010

A INTERNET E A NOSSA VIDA NOTURNA

Se tem uma coisa que eu sempre senti falta foi da cobertura jornalistíca da vida noturna de SP. Para ser mais específico, estou me referindo aos clubes e pistas de dança. Sinto falta de ler notícias se projetos e vindas de djs estrangeiros para cá.

Tá certo que a internet veio preencher essa falta. Ainda mais agora com as redes sociais. Vc entra no Orkut, Facebook, Twitter, Youtube e logo fica sabendo mais sobre aquilo que está procurando. Mas sinto falta de mais cobertura. E acho que os clubes e bares estão perdendo tempo em não investir na internet para agregar valor a nossa vida noturna.

Veja, por exemplo, que bacana a iniciativa do D-Edge em colocar no Youtube esse vídeo com Miss Kittin:



Parabéns ao clube! E que mais iniciativas como essa apareçam.

sábado, 15 de maio de 2010

RUMO AO CENTRO?


A Rua Augusta, no sentido centro da cidade, tornou-se um dos lugares mais interessantes para quem gosta de sair à noite. Cada dia a gente tem uma notícia sobre alguma coisa que abriu, que fechou, que reformou, etc. Isso sem contar no comércio abundante com lojas de roupas, discos (?), restaurantes e por aí vai. Não sei se essa efervescência está com os dias contados, afinal a Rua Augusta já é um point desde os anos 50/60. Mas a verdade é que a vida noturna da cidade está caminhando cada vez mais para o Centro - descendo a Rua Augusta.

Essa semana abriu mais um clubinho: Alberta#3. Fica na Avenida São Luís, bem no final da Rua Augusta. Parece que é dos mesmos donos do Astronete. O nome do novo clube é inspirado na canção de Bob Dylan. Cada noite será dedicada a um projeto diferente, vai de rock a disco music.

E bem lá perto reabriu um bar que um dia foi reduto da boêmia, o Paribar. Apesar da reforma o bar quer preservar sua aura antiga, sem nostalgia e tal. Tem happy hour, comida e bebida.

Além desses dois, mais clubes/bares devem ocupar essa região ainda esse ano - se tudo der certo. Acho bom que o Centro esteja dando sinais de vida. Tomara mesmo que as pessoas que reanimaram a Rua Augusta descem, ruma ao Centro.

FUTURE SOUND OF BRASIL


O Future Sound of Brasil acontece hoje na Pacha em SP. O evento vai reunir DJs brasileiros novos e alguns antigos - nomes como Renato Cohen e Anderson Noise, por exemplo. A mistura de estilos também prevalece: house, tecno, drum'n'bass e afins.

Só é uma pena o fato de ser no mesmo dia da Virada Cultural. Isso deve explicar a ausência de DJs conhecidos no line-up das pistas que serão armadas no centro de SP.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PROFISSÃO DJ


Alguém leu a notícia sobre a regulamentação dos DJs? É que a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou o esse projeto de lei. Está na Folha de SP de hoje:

"(...) a proposta exige dos DJs diploma de curso profissionalizante, carteira profissional de habilitação e certificado de capacidade profissional emitido pelo sindicato da área.

A exigência de registro é um dos pontos que gera controvérsia entre os profissionais da área. Outro dispositivo polêmico é o que prevê a participação de 70% de DJs nacionais quando um evento escalar um DJ estrangeiro".
Não sou dj, portanto não estou nesse mercado de trabalho. Também não tenho uma casa noturna ou bar. Não sei em que medida isso vai afetar as pessoas que trabalham diretamento com esse tipo de negócio. Mas o que sei é que até hoje todos os melhores djs do mundo, internacionais ou nacionais, nunca fizeram um curso profissionalizante de dj na vida. Muito menos precisaram de um certificado dizendo isso.

Não conheço a legislação trabalhista da noite no resto do mundo, mas imagino que seja como aqui. Não existe uma lei. É tudo em acordo de "cavalheiros".

E essa bobagem de colocar 70% de djs nacionais quando tivermos um dj estrangeiro? Me parece uma coisa tão sem cabimento. Até hoje, sempre fomos aos clubes ver os djs gringos. Eles sempre dividiram as pickups com djs nacionais. Em festivais acontece a mesma coisa. Isso existe desde sempre. Agora determinar a porcentagem e tornar lei?

O projeto de lei me parece anacrônico. Isso sem dizer que cria mais uma burocracia em torno das pessoas que trabalham na noite. Alguém me corrija se eu estiver errado nas coisas que eu disse, por favor?

terça-feira, 11 de maio de 2010

CHEMICAL BROTHERS - SWOON

Já falei sobre o teaser promocional que os Chemical Brothers lançaram para a faixa "Escape Velocity" que vai fazer parte do novo disco deles "Futher". Pois bem, na semana passada a dupla lançou o single "Swoon" que também vai integrar o nodo disco.

O videoclipe está aqui embaixo. As imagens são de tirar o fôlego e me lembram aquelas projeções que os Chemical Brothers usam nos shows. Enfim, só da cabeça deles poderia vir algo assim.

EU, O VINIL E O RESTO DO MUNDO

A Folha e o Cine Bombril promovem hoje, às 20h, a pré-estreia gratuita do documentário "Eu, o Vinil e o Resto do Mundo", de Lila Rodrigues e Karina Ades. Após a sessão, as diretoras e os DJs retratados pelo filme participam de debate com Gilberto Dimenstein, colunista da Folha. As senhas podem ser retiradas na bilheteria do cinema (av. Paulista, 2.073, tel. 0/xx/11/3285-3696), a partir das 19h. (via Folha de SP).

domingo, 9 de maio de 2010

HOLY GHOST! NYC


Talvez eu esteja chovendo no molhado ao elogiar o Holy Ghost! A dupla é de Nova York e faz parte do staff da gravadora DFA, de James Murphy e companhia. Eles ficaram conhecidos com o lançamento da faixa Hold On em 2007. Depois disso eles começaram a lançar uma série de remixes, cada um melhor que o outro. Parece que estão preparando um álbum para ser lançado em breve.

O som dos caras é incrívelmente dançante e pra cima. Os sets merecem especial destaque. Sempre misturando house e new disco. Recomendo imensamente um set deles para a DFA RADIO MIXES.

Há notícias circulando por aí de uma possível vinda da dupla para cá. Eles devem se apresentar no D-Edge. Vamos ficar de olho e torcer para que se concretize.

sábado, 8 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

MISS KITTIN NO D-EDGE - 07/05


Não deixa de ser uma notícia boa para quem sentia falta de ter um dj gringo nas pistas. Miss Kittin apresentar seu projeto République no D-Edge na sexta-feira (07/05). A ideia do projeto parece ser muito interessante: ela se apresenta ao lado de um convidado e divide as pick ups com ele a noite toda. O "convidado" do Brasil, vai ser o Renato Ratier. Cada um vai discotecar por 1 hora, depois o outro retorna e assim por diante.

Miss Kittin ainda diz o seguinte sobre esse projeto: "Eu precisava de algo novo, excitante, algo que retornasse as raízes (das pistas de dança) onde todo mundo pudesse festejar junto, vivendo uma experiência de uma noite única".

Acho que vai ser uma oportunidade única de conferir o que a francesa está ouvindo. Já vi apresentações dela por aqui, uma ou duas vezes. Os sets dela costumam ter bastante tecno e são muito dançantes. Sem ser muito cerebral e sem ser muito banal. Acho que na medida certa. Eu penso também que é uma chance de saber o que as pistas internacionais estão ouvindo.

Os preço são um pouco altos, a venda é limitada e tem lotes específicos.

domingo, 2 de maio de 2010

CHEMICAL BROTHERS - ESCAPE VELOCITY


O Chemical Brothers está preparando disco novo. Tem uma faixa rolando na internet - Escape Velocity. É cedo para dizer qualquer coisa, mas os caras tão fazendo o que sempre souberam fazer muito bem. Um monte de gente critica e tal, mas sempre que um disco dos caras é lançado as pistas de dança bombam. E não adianta, todo mundo fica de olho no que os dois fazem.

Fico contente que eles não tenham se entregado a essa onde de gente que os classifica como ultrapassados e presos aos anos 90. Eles estão na ativa e saber que eles estão lá dá um alívio. Depois todo mundo pode e tem o direito de se reinventar.

Diz o Lúcio Ribeiro que existe convite para eles aparecem no Brasil. Cruzem os dedos!

VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO

Prometem para a próxima semana a estréia do filme Viajo poque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz. Vi o trailer no cinema esse final de semana e li críticas muitos boas nos jornais, revistas, blogs, etc. Tem um trechinho aqui.

Eu admiro bastante o trabalho do Karim Aïnouz desde que assisti Madame Satã e O Céu de Suely. Pelo que vi dessa vez o trabalho em dupla parece ser bem mais experimental e introspectivo. Na minha humilde opinião é um dos cineastas mais importantes que temos aqui no Brasil. Ele deixa a argentina bem para trás.


fotos: divulgação

sexta-feira, 30 de abril de 2010

DESIGNER DE CAPA DE VINIL - DISCOS DE JAZZ II

Já que eu falei sobre capas de discos de jazz em vinil, aqui vão alguns exemplos que estão no livro Jazz Covers. As imagens são de divulgação da editora TASCHEN.





quinta-feira, 29 de abril de 2010

GERD LEONHARD, BRIAN ENO E O FIM DE UMA ERA


Eu falava outro dia a respeito do fascínio sobre os discos de vinil e suas capas incríveis. Só que na segunda-feira, para meu espanto, o programa Roda Vida da TV Cultura entrevistou o alemão Gerd Leonhard - ele é um dos principais pensadores sobre o comunicação, mídias digitais e o futuro desses meios.

Dentre tantas coisas interessantes, Gerd falou o seguinte: há uma tendência para que no futuro as mídias percam o seu suporte físico. Ou seja, para ouvir música você não vai precisar de um cd; para ler um história você não vai precisar de um livro; para ver TV você não vai precisar de um aparelho de TV; e assim por diante. A tendência é que tudo migre para o meio digital e que possamos acessar esses "bancos de informação" quando quisermos - ouvir música, ler livro e ver TV será por streaming.

Isso me faz lembrar uma entrevista de Brian Eno para o Observer - entrevista que foi reproduzida pelo caderno +Mais! da Folha de SP em 07/02/2010. Vou reproduzir um trecho da entrevista em que ele decreta o "fim uma era":

Fim de uma era
Creio que os discos foram apenas uma pequena bolha no tempo, e aqueles que conseguiram ganhar a vida com eles tiveram sorte. Não há motivo para que alguém tenha ganho tanto dinheiro com a venda de discos, exceto a coincidência de que aquele período era perfeito para isso. Sempre soube que a coisa acabaria, cedo ou tarde. Não havia como durar. Não me incomoda que isso aconteça, pois a era do disco foi uma anomalia.
Foi mais ou menos como se, nos anos 1840, você tivesse uma fonte de banha de baleia que podia ser usada como combustível. Antes que o gás surgisse, se você comerciasse banha de baleia, poderia ser o cara mais rico do mundo. Mas o gás surgiu, e a banha de baleia passou a encalhar. Lamento, amigo: a história continua. Música gravada é a mesma coisa que banha de baleia. Algo mais terminará por substitui-la um dia.
Foto: Jair Bertolucci (reproduzida do site tvcultura.com.br/rodaviva)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

II CONGRESSO DE JORNALISMO CULTURAL


De 3 a 6 de Maio acontece o II Congresso de Jornalismo Cultural - promovido e organizado pela revista CULT. Ótima oportunidade para os interessados na área se atualizarem ou se aperfeiçoarem. Particularmente, fiquei interessado pelos temas de literatura - sobretudo porque Clarice Lispector será a autora homenageada - e mídias digitais.

O ano passado consegui acompanhar um pouco da cobertura feita pela internet. Mas nada substitui a experiência de estar presente no Congresso.

*foto: reprodução

MAIS UM LUGAR NA RUA AUGUSTA

Da coluna da Mônica Bergamo na Folha de SP de hoje:

RAINHA AUGUSTA
Uma nova casa noturna será inaugurada em junho ao lado do Studio SP, na rua Augusta. O espaço, que tem como sócios Alexandre Youssef, Maurizio Longobardi e Marcelo Bassarani, abrigará shows de artistas nacionais para um público de mil pessoas.

VIRADA CULTURAL 2010

Ontem saiu, finalmente, a programação da Virada Cultural 2010 - dias 15 e 16 de Maio. Se vc ainda não viu, pode ver diretamente no site da Virada Cultural. Sinceramente, achei a programação bastante tímida em relação ao ano passado. E achei muito tímida também em relação ao que a Virada Cultural Paulista (no interior do estado) anda prometendo.

Nem os djs e as tradicionais pistas de dança no Centro da cidade estão tão atraentes.

Talvez o maior ponto positivo tenha sido o investimento na área da Luz - menina dos olhos do prefeito Gilberto Kassab e do ex-governador José Serra. Haverá uma grande concentração de atrações nessa região. Talvez seja mesmo para ocupar a área degradada e mostrar aos paulistanos as ações públicas na região. A programação de cinema também pareceu divertida e "inédita".

Uma pena!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

DEEPBEEP FAZ ANIVERSÁRIO


O site deepbeep completou 1 ano no último dia 23 de Abril. Para quem não conhece é um site que disponibiliza sets de DJs nacionais e internacionais. Dá pra fazer downloads ou ouvir stream no seu computador, enquanto vc trabalha, estuda, etc.

Tem set de gente muito bacana - os nossos novos, antigos e respeitadíssimos djs brasileiros. Os gringos também aparecem por lá, sempre que possível. Um set que tem causado bastante comoção é o do Marquinhos MS. Figura lendária da cena noturna da cidade de SP. Recomendo todo mundo a ouvir.

Enfim, parabéns e vida longa ao deepbeep - que tá fazendo a sua parte. Só faltou uma festinha pra comemorar, né? Alguém sabe de alguma coisa?

domingo, 25 de abril de 2010

SUPER BAZAR DE DISCOS


Já que falei tanto em vinil. Hoje, a partir do meio-dia com entrada gratuita. No Astronete - Rua Matias Aires, 183.

JOSÉ RAMOS TINHORÃO +MAIS!

O caderno +mais! da Folha de SP de hoje tem dois textos do jornalista Luiz Fernando Vianna a respeito de José Ramos Tinhorão. Ele está lançando dois novos livros e, ao mesmo tempo, estão lançando sua biografia. Gostei bastante do que li e recomendo a leitura a todo mundo que é minimamente interessado em música popular brasileira.

Quem não comprou o jornal, pode ler os textos pela internet - desde que sejam assinantes do UOL ou da Folha de SP. O primeiro texto se chama "Voz dissonante" e o segundo "Tinhorão em perspectiva".
Vou transcrever dois trechos que achei de extrema importância:

"A figura do artista como conhecemos, romântica, vai acabar. O engenheiro de som vai ser mais importante do que o artista. Hoje, fabrica-se som, em breve não será preciso tocar nenhum instrumento. Quando vem uma dessas bandas tocar aqui, a imprensa exalta as toneladas de equipamento que elas trazem. Hoje, a música popular se julga por toneladas".
Muita gente não presta atenção nisso, mas o engenheiro de som é a principal figura da música popular contemporânea. Ele é responsável por tornar o disco o que ele é. E Tinhorão tem razão quando diz isso. Evidentemente esse comentário tem um tom crítico. De qualquer forma ele emula um pensamento bastante corrente no mundo da dance music.

"Hoje, existem críticos de discos, que escrevem na base do "gostei" e "não gostei" e procuram agradar a sua corriola".
Outra afirmação bastante interessante, daquelas para colocarem a gente pra pensar.
*capa: reprodução

sexta-feira, 23 de abril de 2010

DESIGNER DE CAPA DE VINIL - DISCOS DE JAZZ

Já que eu falei sobre capas de discos de jazz em vinil, aqui vão alguns exemplos que estão no livro Jazz Covers. As imagens são de divulgação da editora TASCHEN.






quinta-feira, 22 de abril de 2010

DJS E PRODUTORES DE DANCE MUSIC


Há tempos atrás eu fiz um especial aqui no Fugas Imaginárias sobre produtores/djs de dance music. O nome era TOP 10 - PRODUTORES DE DANCE MUSIC. Escolhi dez produtores/djs que, naquela época, eram considerados a nata da dance music. Os que ficaram de fora acabaram na menção honrosa - era a época em que eles estavam começando.

A lista incluía:

1. James Murphy;
2. Joakim;
3. Ellen Allien;
4. Lindstrom;
5. Alter Ego;
6. Headman/Manhead;
7. Erol Alkan;
8. Optimo;
9. Tomboy;
10. Tiga.

Menção Honrosa:

I. Ricardo Villalobos;
II. Prins Thomas.

Passado todo esse tempo, continuo achando que eles ainda são o meu Top 10. Acho que tiraria Alter Ego e Tomboy. Eles estão sumidos, não lançam mais nada. O Tiga também está bem quieto. E o Optimo vai acabar, acho que vão se dedicar aos projetos paralelos.

Quem sabe não faça uma versão 2.0 desse especial.

NOSTALGIA DA MODERNIDADE - DISCOS DE JAZZ

O MP3 acabou com uma das coisas mais legais: a possibilidade de você estar numa loja de discos e topar com a capa genial de um vinil. Daquelas que despertam em você vontade de ter aquilo, não importa o seu conteúdo. E assim a gente ia descobrindo coisas novas, umas boas e outras nem tanto.

De uma outra maneira, os cds continuaram com essa "tradição" de fazer belas capas. Só que o espaço é infinitamente menor e não atrai chama tanto a nossa atenção. Imagino que os cds ainda continuam a fazer capas apesar da pouca valorização. Só que nada do que eu vi até hoje, em matéria de capas de cds, pode ser comparado aos vinis.

Não tenho nenhum tipo de ressentimento quanto ao MP3, muito pelo contrário. Não quero praguejar e muito menos parecer passadista. Mas me parece impossível olhar para aquelas capas antigas e não sentir absolutamente nada. Nenhuma comoção. Nenhuma saudade.


Para esses amantes, a editora TASCHEN lançou um livro bem bonito sobre o tema - Jazz Covers. Não tenho certeza se o livro é novo ou mais antigo. São capas de vinis de Jazz dos anos 40 até o começo dos anos 90 - quanto o vinil já estava em declínio. O mais interessante é que cada capa acompanha informações sobre o nome do disco, diretor de arte, fotógrafo, ilustrador, ano, gravadora e muito mais. Tem entrevistas com pessoas que fizeram parte dessa história. Um trabalho primoroso do autor e editor do livro, respectivamente Joaquim Paulo e Julius Wiedemann. Uma curiosidade: Joaquim é um colecionador de vinil que mora em Portugal, está sempre vindo ao Brasil fazer pesquisas musicais; e Julius é brasileiro.

foto: divulgação

segunda-feira, 19 de abril de 2010

EDIÇÃO DA VOODOOHOP FECHADA NO SÁBADO

O acontecimento deve (ou pelo menos deveria) causar uma discussão em torno da coisas que estão acontecendo na noite de SP. Não estou acompanhando tudo de perto. Vi manifestações no facebook e no twitter.

Notícia na Folha de SP - http://tinyurl.com/y7nctrs

domingo, 18 de abril de 2010

AEROPLANE


Aeroplane - eles iriam se apresentar no D-Edge esse semestre, mas infelizmente cancelaram. Parece que estão rolando negociações para uma outra data. Vamos cruzar os dedos e torcer para que aconteça.

Quem não conhece, precisa ficar de olho. Os cara seguem a esteira da new disco, mas não se limitam a isso. Fizeram um set bastante elogiado no Coachella, sexta-feira. Para conhecer um pouco mais, tem um podcast na revista gringa SGUSTOK MAGAZINE. Daqueles que a gente ouve e tem vontade de sair dançando.

sábado, 17 de abril de 2010

Coaxélla na cabeça!

Que mané Coachella, que nada! Eu quero mais é Coaxélla (do blog do Lúcio Ribeiro).


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Confundindo o mercado


Estou acompanhando na internet o burburinho em torno do novo disco (como chamar?) do LCD Soundsystem - This is Happening. Por enquanto me parece uma chuva de opiniões em torno das respostas "gostei / não gostei". Mas o que pensar? Estou achando que a internet realmente só serve para confundir o mercado.

Por enquanto conclui o seguinte:

O vazamento do disco para o mundo foi imediato. Num instante todo mundo já estava baixando e comentando. Detalhe: o disco nem foi lançado oficialmente ainda. Se você não baixou o disco ainda, você está definitivamente por fora - "perdeu, playboy".

Parece que aquela ideia de dar um furo jornalístico, de ser o primeiro a ter acesso a informação e de ser o único a ter uma crítica está perdendo força. Cada vez mais, todo mundo é o primeiro - pelo menos na indústria musical.

As redes sociais (blog, orkut, facebook, twitter, etc) mostram como a recepção das pessoas é muito mais variado do que a gente pode imaginar. Quem quiser ter algum algum parâmetro baseado nessas opiniões vai ficar maluco. Melhor é você baixar o disco e concluir sozinho.

Tanta "circulação" vai fazer o disco parecer velho dentro de um mês - no máximo!

Bem apocalípcto: pode ser que finalmente a gente esteja chegando bem perto daquele momento em que "a música pop vai comer a si mesma" - como previu Jeremy J. Beadle.

O que o futuro nos reserva: bandas novas? Músicas novas? Cada semana um sucesso diferente? Para chegar onde? Será mesmo que estamos diante de uma revolução no comportamento? Será que a história está acontecendo bem a nossa frente? Respostas que só no futuro a gente vai saber.

Ainda não baixei o disco. Só ouvi o single "Drunk Girls". Eu gostei do que ouvi.

Olha quem está de volta...

Uma boa notícia para aqueles que estavam morrendo de saudades: o Casmurros voltou! Agora o intuito não é ser somente um clube do livro, mas um blog sobre livros. Ainda tá no começo, esquentando as turbinas. Espero que em breve muitas novidades possam aparecer por lá. Enfim, tá no blogger, no twitter e em tudo quanto é lugar.

Quem quiser colaborar, sinta-se à vontade.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Estou no twitter

Estou no twitter, se vc quiser me seguir esse é o endereço: http://twitter.com/f_imaginarias

segunda-feira, 12 de abril de 2010

As pistas de dança de SP


Tava comentando com um amigo outro dia sobre a noite na cidade de SP. Esse é um tema frequente aqui no FUGAS. Gosto de sair e gosto do clima da cidade que tem as noites mais legais do Brasil. Só que ultimamente não estou enxergando muitas coisas bacanas. Não quero parecer saudosista ou velho demais.

O que sinto é que não temos mais grandes investimentos em DJs renomados. Até o ano passado, tinhamos um DJ gringo quase que semanalmente. Fora os nossos DJs que tinham projetos bacanas, investiam pesado em pesquisa musical, etc. Hoje em dia é quase raro ver um dj gringo por aqui e sinto que os DJs estão chegando na fase da "aposentadoria".

Pode reparar, exceto o D-Edge, ninguém mais tem DJs gringos nos projetos. O Vegas, que já trouxe nomes importantes, parece que está meio parado. O Hot Hot inaugurou como uma promessa de salvação, mas até o momento apenas o Trentmoller apareceu. Ok, o clube tá no começo e ainda pode mostrar muitas coisas. Alguém se lembra de algum outro clube?

Na verdade, não sei se o problema é a falta de bons DJs no mundo (com boa técnica, repertório interessante ou trabalhando na criação de bons projetos); se é um problema com os clubes já que crise fez todo mundo se virar para pagar as contas e sobreviver; ou se é um problema com o público que hoje tem outros gostos.

Há uma série de razões que explicam esse momento pelo qual estamos passando. Não tenho como listar todos aqui, senão o post vai ficar enorme. Quem sabe vou postando alguns ao longo da semana. Mas queria iniciar uma discussão sobre o tema. Queria convidar as pessoas a pensarem sobre isso.

É importante ficar claro que não estou lutando por um retorno ao passado. Acho que no passado também tinhamos questões bem parecidas. Quero que todo mundo entenda que hoje vivemos um momento bem democrático em termos de pistas de dança. Tem espaço e público para todo mundo. Só sinto que o nicho de DJs gringos, pesquisa musical e inventividade está ficando de lado. Vamos falando sobre isso.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

FECHOU A CASA BELFIORE


Um dos lugares mais bacanas de SP fechou as portas: a Casa Belfiore. Ficava numa rua escondida na Barra Funda. Tinha hamburguer e cerveja de primeira qualidade. Dava pra ir lá, comer e beber antes de ir pro CB. O lugar era bem bonito e pra encontrar tinha de ficar de olho aberto porque indo naquela rua, você nunca imaginaria que tinha um lugar como aquele. Um pena!

Ouvi dizer que vão reabrir em outro lugar. Alguém sabe alguma coisa?

sábado, 30 de janeiro de 2010

ESCREVO E SEI QUE NÃO ESCREVO SOZINHO

Hoje, estou começando uma nova fase nesse blog. Aqui vou falar sobre coisas que leio, vejo e penso, tentando sempre manter o foco em três assuntos principais: literatura (modestia a parte, minha especialidade), música e coisas que estão acontecendo na cidade de SP.

Quem se interessa por esses assuntos deve se sentir à vontade para ler, comentar, participar de alguma forma. Meu lema por aqui é sempre esse: ouça música, leia livros, faça festas, acredite mais no que você gosta e por favor ande para frente - "quem fica parado é poste".

FELIZ 2010!


Pessoal,


Sei que aindei sumido daqui desse espaço, mas a vida real tem me ocupado bastante e tomado muito das minhas "energias". Não sei se isso é bom ou ruim. Só sei que to com gás pra retomar esse espaço que tenho aqui. Vou fazer o possível para escrever pelo menos umas duas vezes por semana. Claro que se puder escrever mais, melhor. Porém, não vamos ser pretensiosos. Ano novo, vida nova e metas mais singelas, né?

Queria dar uma reformulada nesse layout, nessas imagens e nos temas. To pensando em escrever muito mais sobre literatura, música e coisas da cidade de SP. Deixar pra lá outros assuntos e criar um foco mesmo. Dizem que blogueiro que é blogueiro tem de ter foco e trabalhar duro para conseguir as coisas. Pra mim isso não vale só pra blogueiro, vale pra vida. Mas né?

Por enquanto é isso: pensar num layout e escrever com mais frequência. Feliz 2010 atrasado para todos.
*imagem captada no Goggle.