O MP3 acabou com uma das coisas mais legais: a possibilidade de você estar numa loja de discos e topar com a capa genial de um vinil. Daquelas que despertam em você vontade de ter aquilo, não importa o seu conteúdo. E assim a gente ia descobrindo coisas novas, umas boas e outras nem tanto.
De uma outra maneira, os cds continuaram com essa "tradição" de fazer belas capas. Só que o espaço é infinitamente menor e não atrai chama tanto a nossa atenção. Imagino que os cds ainda continuam a fazer capas apesar da pouca valorização. Só que nada do que eu vi até hoje, em matéria de capas de cds, pode ser comparado aos vinis.
Não tenho nenhum tipo de ressentimento quanto ao MP3, muito pelo contrário. Não quero praguejar e muito menos parecer passadista. Mas me parece impossível olhar para aquelas capas antigas e não sentir absolutamente nada. Nenhuma comoção. Nenhuma saudade.
Para esses amantes, a editora TASCHEN lançou um livro bem bonito sobre o tema - Jazz Covers. Não tenho certeza se o livro é novo ou mais antigo. São capas de vinis de Jazz dos anos 40 até o começo dos anos 90 - quanto o vinil já estava em declínio. O mais interessante é que cada capa acompanha informações sobre o nome do disco, diretor de arte, fotógrafo, ilustrador, ano, gravadora e muito mais. Tem entrevistas com pessoas que fizeram parte dessa história. Um trabalho primoroso do autor e editor do livro, respectivamente Joaquim Paulo e Julius Wiedemann. Uma curiosidade: Joaquim é um colecionador de vinil que mora em Portugal, está sempre vindo ao Brasil fazer pesquisas musicais; e Julius é brasileiro.
foto: divulgação
quinta-feira, 22 de abril de 2010
NOSTALGIA DA MODERNIDADE - DISCOS DE JAZZ
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