domingo, 23 de novembro de 2008

#21 discos matadores




Às vezes é assim: tudo o que é muito bom dura muito pouco mesmo. O Secos&Molhados é uma prova cabal dessa máxima. A banda durou bem pouco, acho que cerca de 2 ou 3 anos. Lançaram apenas dois discos e com isso se estabeleceram como uma das bandas mais importantes da música brasileira dos anos 70.

Misturando rock, psicodelia, folk, mambo, tango, toadas, etc., as letras surreais e aquele visual todo diferente - as pinturas no rosto e a postura meio ambígua entre o masculino e o feminino. Diz a lenda que quando Ney Matogrosso foi aos Estados Unidos, um produtor americano ficou louco e quis montar uma banda com ele. Teve até matéria nos jornais de lá. Ney não topou, voltou ao Brasil e depois de um tempo apareceu o Kiss - aquela banda de rock de Detroit. Não sei se é verdade, mas sei que ouvi isso por aí.

Aqui vale um discos matadores duplo - porque tanto o disco de 73 quanto o disco de 74 são matadores. As capas são incríveis. E a gente é levado por um passeio ao infinito, num mundo batsante original e brasileiro. Recomendadíssimo!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

A história é verdadeira, Rafael, não é lenda. O produtor que se tornaria o "inventor" do Kiss assistiu Ney na cidade do México e enlouqueceu c/ a performence dele e essa coisa de misturar o milenar teatro japonês kabuki ao rock. Levou-o pra Los Angeles propondo a ele que cantasse um repertório mais pesado, em inglês, é claro, escutando um sonoro não do cantor brasileiro. Quase um ano depois surgia o Kiss.
Acho os dois discos sensacionais. Do segundo S&M, eu não gosto de todo o repertório, mas, em compensação ele é ainda mais elaborado e sofisticado que o primeiro.
Gostei do teu texto, parabéns.

Anônimo disse...

Obrigado, Saulo!