Recomendo a leitura do artigo publicado por Jorge Coli ontem no caderno "+mais!" da Folha de SP. O artigo se chama "Inteligência e afeto" e está disponível no site para assinantes do portal UOL ou do jornal Folha de SP.
Para quem não leu, faço aqui o resumo: Jorge Coli falava do livro "A Literatura em Perigo" de Tzvetan Todorov e das muitas ideias que ele carrega. No meio acadêmico, cada vez mais, aparecem disciplinas que procuram estudar cientificamente a literatura - é o caso da teoria da literatura que reivindica para si o papel de ciência autônoma desde o seu surgimento. Isso tem um resultado negativo já que esse estudo metódico estaria matando o prazer da litertura. Há um outro efeito prático: alunos ingressam nas universidades em busca de disciplinas teóricas sem um repertório mínimo de leituras. Todos ficam patinando em um instrumental sem serventia prática devido a essa falta. Jorge Coli fala ainda que a falta de leitura não dá ao leitor a paixão que só os livros podem dar.
Opinião pessoal: existe uma questão da literatura, sobretudo ao longo do século XX, ter se fechado. Romances complicado, de difícil leitura, cheios de referências, etc. atrapalham os novos leitores da era virtual. Volta também aquele deficiência do ensino, a pasteurização da internet, a dificuldade de construir pensamentos críticos, etc. A leitura dos livros dá as pessoas um importante repertório pessoal, não só de aprendizagem teórica, mas aprendizagem da vida. Com a leitura nosso pensamento fica estimulado, aprendemos coisas novas, desenvolvemos nossa capacidade de abstração e somos levados a experiências únicas.
Me lembro muito daquele livro (que também é teórico) "Quem ama literatura não estuda literatura".
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Como salvar a literatura?
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