Taí uma pergunta que eu gostaria muito de saber responder. Não encontrei nenhuma fórmula nas minhas pesquisas sobre esse tema. Muito pelo contrário, encontrei foi liberdade plena da parte de quem escreve. Os grandes ensaístas dizem que o ensaio é uma forma perigosa justamente pela liberdade que ele nos dá. A tentação de embarcar em todos os assuntos é muito grande.
Talvez, o segredo do ensaio esteja em toda a atividade que acontece antes da escrita propriamente dita. O ensaísta precisa ter uma ideia e pensar muito sobre ela - fazer aqueles esquemas de ideias contra, à favor. Depois disso, pensar mais e mais. Até que as ideias estejam bem maduras e a redação finalmente comece. Depois de pronto, ainda é preciso olhar outras vezes. Dar tempo para que o ensaio cresça mais um pouco e ganhe força.
Em contrapartida a esse modelo, existe o ensaio literário. Ele não tem uma forma propriamente dita de ideias contra ou à favor - a liberdade é ainda maior. O ensaista pode escrever fazendo uso de imagens, metáforas, metonímias, etc. Além disso, a ideia pode aparecer de maneira figura, travestida.
Seja qual for o tipo de ensaio, existe uma verdade absoluta: o ensaio precisa ser claro, simples e conciso. De modo que a pessoa que o leia compreenda tudo o que você está dizendo. Mas me diga: existe tarefa mais complicada do que essa?
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