Ontem, estava lendo uma entrevista de um professor de jornalismo. Ele falava sobre internet, crítica e os fenômenos da comunicação nesse meio. Achei bastante interessante quando ele diz que os blogues já sofrem o problema de todas as outras mídias: a audiência. Ele vai mais além quando diz que os blogueiros, na verdade, sonham em escrever para algum grande portal.
É triste admitir que isso seja uma grande verdade. E qual é o problema de tudo isso? Em busca de audiência, os blogues acabam seguindo as grandes mídias ao invés de criar uma voz de contraponto a tudo isso. Os blogues, em tese, deveriam ser uma voz alternativa (não gosto muito das associações que esse termo carrega, por isso, leiam diferenciada) entre todos os meios de comunicação. É verdade que a internet possibilitou a manifestação de opiniões e ideias de todas as pessoas do mundo. Com o nascimento dos blogues, qualquer um poderia manifestar uma opinião, divulgar suas ideias, etc. Mas, infelizmente esse processo não caminhou para um lado diferente. Cada dia mais os blogues e a internet sofrem uma pasteurização de ideias, um encurtamento da memória e do pensamento. Além disso, os blogues estão ligados aos grandes portais da internet, de uma maneira ou de outra.
As mesmas ideias fazem eco no que os grandes jornalistas veem dizendo. Que a internet não é e nem pode ser um fim em si mesmo. Ou seja, não podemos ter a internet como única fonte de pesquisas. As verdadeiras fontes ainda são reais: livros, jornais, revistas, professores, pessoas, etc. Uma ideia plantada na internet tem a tendência de se proliferar e ser copiada ao infinito. A internet é o tempo dos fatos, ela registra fatos e não gera reflexões. Ela deve servir somente como ponto de apoio e quem sabe de partida, nunca como ponto de chegada.
Por isso, fico pensando, como seria um blogue bom de verdade e qual seria a maneira mais interessante de blogar?
*gosto da maneira portuguesa de dizer "blogue" com "ue" no final.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Como é que se escreve um blogue?
Marcadores:
blog,
crítica,
fugas imaginárias,
internet,
sites
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário