terça-feira, 4 de dezembro de 2007

JOÃO CABRAL DE MELO NETO





"Dou-lhe aqui humilde receita,
Ao senhor que dizem ser poeta:
O ferro não deve fundir-se
nem deve a voz ter diarréia.

Forjar: domar o ferro à força,
Não até uma flor já sabida,
Mas ao que pode até ser flor Se
flor parece a quem o diga"


joão cabral de melo neto é um poeta bastante preocupado com a forma. sua poesia é freqüentemente chamada de anti-lírica, já que o poema não constrói um mundo sentimental e sim um mundo mais árido - veja como essa atitude é bastante diferente dos poetas que falamos anteriormente. só que tamanho rigor não torna sua poesia menor, muito pelo contrário, é justamente esse trabalho que dá grandeza a joão cabral.



seus livros mais importantes são "o engenheiro" de 1945, "psicologia da composição" de 1947 e seu famoso auto "morte e vida severina" que ganhou versão teatral com música de chico buarque de holanda.

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