"Tupi, or not tupi that is the question"
oswald de andrade - manifesto antropófago
o Brasil já está fazendo mais de 500 anos, isso é, mais de 500 anos de descobrimento. a gente já existia por aqui antes mesmo disso ter acontecido. tem gente até que diz que nós já tinhamos sido descobertos bem antes. e desde que "nascemos" vivemos um pouco aquela busca incessante sobre a nossa real identidade. somos brancos, negros, índios ou mulatos? gostamos de futebol? o samba é a nossa música? e a natureza brasileira é realmente abençoada por Deus? fizemos o carnaval? afinal somos brasileiros e o que isso significa?
na tentativa de responder a todas essas perguntas muitos mitos já nasceram e ainda circulam pelas nossas cabeças. isso não é nenhum pouco diferente do que acontece em outros países do mundo. esse negócio de nos percebermos é do ser humano.
se você parar para pensar somos um país bastante "novinho" em relação a velhíssima Europa. e os Estados Unidos tiveram uma história diferente que por várias razões deram a eles certo desenvolvimento desenfreado - já nasceram bem nascidos. poxa! a gente é bem molequinho, não teve pai e nem mãe ricos... aí não teve outro jeito, a coisa toda deve de ir nascendo aos poucos.
bom, mas o que isso tudo tem a ver com a nossa identidade? na história bem recente do Brasil - do século XIX para cá - muitos movimentos culturais começaram a dar conta dessa resposta. veja: foram condições histórico-políticas que proporcionaram a manifestação desses movimentos. a saída foi justamente assumir traços da cultura "estrangeira" e incorporá-los a cultura nacional. sim, essa é a tal antropofágia de que tantos falam.
nessa esteira vem oswald de andrade e a contracultura dos anos 60/70.
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