Amanhã começa a 7ª edição da FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty. Cada ano que passa o evento tem se tornado mais interessante e atraído atenção de pessoas no mundo todo. Esse ano teremos gente como Alex Ross, Gay Talese, António Lobo Antunes, Chico Buarque, Cristovão Tezza, entre tantos outros. A conferência de abertura com Davi Arrigucci Jr. falando sobre Manuel Bandeira, o homenageado dessa edição, parece imperdível.
Bacana também é saber que a cobertura do evento também está em destaque. Jornais, revistas e agora blogues, youtube e twitters vão engrossar o coro de comentários, impressões e tudo o mais.
Agora, tenho de comentar uma coisa: lendo o blogue de Flávio Moura achei bastante pertinente questões que ele coloca sobre a FLIP. De alguma maneira essas questões fazem eco a algo que tenho falado também por aqui, sobre o mercado editorial, sobre os livros e sobre a literatura no Brasil. Faço questão de reproduzir aqui, um trecho que ele escreveu e que merece ser lido por todo mundo:
"Por que, afinal, tanta gente se abala até Paraty para ouvir escritores e intelectuais? Num país em que a tiragem média de um livro é 3 mil exemplares, o que leva quase 20 mil pessoas a pegar a estrada e assistir a leituras e palestras que em outro contexto poderiam estar vazias? Qual a especificidade de um evento capaz de unificar motivações tão diversas quanto as de escritores, banqueiros e artistas de tevê?"
Por favor, vamos pensar nessas questões e começar a discutir mais seriamente esses assuntos.